Esses copos, de novo!

Outra noite, num estado de quase embriaguês, convidei uma amiga para beber uns chopps.
Ela delicadamente recusou meu convite, talvez por piedade do que poderia vir a me acontecer. Ao recusar, ela sugeriu que eu lêsse um desses autores de literatura etílica - acho que era Bukowski, não sei. Só me lembro que era um desses ...skis que eu nunca li.
Graças a esta breve conversa me lembrei de uma fase da minha vida em que eu pretendia me tornar um deles: "poetas etílicos".
Lá se vão quinze anos, do que restou apenas a tendência ao alcoolismo. Quanto aos escritos desta época, lembro-me daquele sobre os copos...
"Corpos e corpos e copos alcoólicos
Vendo bocas bebendo e olhos lunáticos que apontam... pra marte!
Mãos apressadas e partes de baixo
Que apontam pros olhos que apontam... pra marte!
Penas e penas e pernas compridas
Na exata medida das penas no chão que sustentam os pés*
Vento nos pelos e nós nas orelhas
Melodias pentelhas se intalam na entrada
Na hora marcada que as mãos se instalam na base dos copos
E bocas molhadas bebem seus corpos!"
Bons tempos quando a ressaca era relativa!
*obs: será esta a melhor medida para as pernas de um homem?


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